Compliance financeiro: um desafio crescente para as empresas

Embora os regulamentos rigorosos sejam vitais para a construção de um sistema financeiro em que todos os participantes possam ter confiança, os requisitos de conformidade associados podem levar a pesados encargos administrativos e custos adicionais, além de atrasar as atividades bancárias corporativas, como a abertura de contas bancárias. Como resultado, existe uma clara necessidade de que as empresas trabalhem pro ativamente com seus bancos e adotem as melhores práticas para superar esses desafios.

Por um lado, cumprir as regras resulta em uma carga de trabalho administrativa mais pesada, que os tesoureiros devem lidar com suas responsabilidades anteriores. Além das maiores multinacionais, muitas empresas possuem pequenos departamentos de tesouraria corporativa. Liberar recursos adequados para se concentrar nesse tópico pode, portanto, ser um desafio.

Filtrar os nomes de fornecedores e clientes durante o processo de integração pode não ser suficiente. Para evitar violações de sanções, as empresas também podem precisar filtrar seus pagamentos e trocar mensagens por listas de sanções. No contexto das leis de lavagem de dinheiro, poderá ser necessário fazer um rastreio contra o PEP (pessoas politicamente expostas) e outras listas.

Este não é um exercício único: as sanções e as listas de PEP podem mudar diariamente, de modo que os bancos de dados de clientes e fornecedores precisam ser examinados regularmente. No entanto, as empresas podem não ter o conhecimento interno e as ferramentas necessárias para fazer isso. A manutenção dos sistemas de triagem e controle necessários também pode ter implicações de custo consideráveis.

 

Hugo Garbe é economista, Mestre em Economia, Mestre em Administração de Empresas, Doutorando em Administração de Empresas pela FGV e, possui 20 anos de experiência em Tesouraria Corporativa em diversas multinacionais.


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